“Ufa”, talvez essa seja a pequena palavra que os trabalhadores do agronegócio do Brasil estão falando neste exato momento. É que de acordo com um estudo da Universidade de São Paulo (USP), o pior para esses profissionais já passou.
De acordo com os dados do Centro de Estudos Avançados em Tecnologia Aplicada (CEPEA), o trimestre que acabou em setembro trouxe boas notícias para o setor. Entre os meses de julho e setembro, o Brasil empregou 8,280 milhões de pessoas nessa área.
O número é cerca de 0,3% abaixo do que se esperava para este momento. Dessa forma, os especialistas classificam essa taxa como um processo de estabilização. Isso porque outras áreas estão sofrendo muito mais nesse momento.
A sensação de que o pior já passou se justifica porque há alguns meses a situação era muito mais alarmante para esses trabalhadores. De acordo com os dados oficiais, a pior fase começou já no mês de março, no início da pandemia, quando as demissões explodiram.
Já no segundo trimestre, que aconteceu entre os meses de abril e junho, a queda foi um pouco menor. Isso elevou portanto as expectativas para este terceiro trimestre. Com o novo resultado, os especialistas esperam uma melhor da situação neste último trimestre do ano.
Além do agronegócio
Como se sabe, a pandemia do novo coronavírus acabou atingindo trabalhadores de áreas diferentes de maneira diferente. Os empregados domésticos, por exemplo, sofreram mais porque boa parte deles tiveram que sair do trabalho na casa dos patrões por causa do medo da contaminação.
Os informais, por exemplo, tiveram no geral mais problemas do que os trabalhadores com assinatura na carteira. Isso acontece porque esses profissionais possuem menos segurança no mercado e perdem a renda com mais facilidade do que os outros.
As informações em questão tomam como base os dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).