O anúncio feito pela prefeitura do Rio de Janeiro no dia 27 de agosto sobre a exigência do passaporte da vacina contra Covid-19 para entrar em locais fechados como cinemas, clubes e academias causou uma queda de 40% no número de pessoas com atraso da segunda dose, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
A informação foi divulgada na manhã desta sexta-feira (3) durante apresentação do 35º Boletim Epidemiológico da Covid-19 na cidade. A exigência do passaporte da vacina teria início no dia 1° de setembro, mas por conta da instabilidade no aplicativo ConecteSUS, onde é possível gerar o comprovante de vacinação digital, a medida foi adiada para entrar em vigor a partir do dia 15.
Na avaliação do superintendente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Márcio Garcia, o passaporte da vacina já é um “caso de sucesso” para estimular a vacinação contra Covid-19 e aumentar a proteção coletiva no Rio de Janeiro.
“Desde a publicação dos decretos sobre a exigência da comprovação de vacinação para uma série de procedimentos, benefícios e ingresso em estabelecimentos, nós aumentamos a busca de pessoas que não haviam se vacinado e passaram a procurar as unidades de atenção primária, seja D1 ou D2, e tivemos uma redução de 40% de pessoas com a segunda dose em atraso. É o significado de que a estratégia deu certo e acaba sendo um incentivo para as pessoas que não se vacinaram regularizarem a situação”, disse Garcia.
Passaporte da vacina causou corrida por imunizantes no Rio
Na semana passada, segundo a SMS, 180.277 cariocas não voltaram na data prevista para tomar a segunda dose da vacina, sendo 50.634 pessoas com a CoronaVac, 122.652 com a Astrazeneca, e 6.991 com a Pfizer.
Após o anúncio do passaporte da vacina, a procura pelos imunizantes nos postos aumentou, segundo o secretário Municipal de Saúde, Daniel Soranz, levando ao esgotamento dos estoques de CoronaVac.
“Foi muito impressionante a corrida para tomar a primeira dose e a segunda dose de pessoas que estavam com a vacina atrasada. A gente não esperava um resultado tão positivo. Ao longo das próximas duas semanas uma série de ações serão feitas, de treinamento, orientação, fiscalização. Importante destacar que quem tomou a vacina fora do país pode apresentar o certificado internacional e os certificado dos voluntários dos institutos de pesquisa, que tomaram a vacina lá no começo, ainda nos testes, também são válidos”, afirmou Soranz.