Ana Lúcia Torre, que interpreta Tia Cotinha na novela ‘Travessia’, da TV Globo – que chegará ao fim esta semana – abriu o jogo sobre a crise nos bastidores. Em bate-papo com a jornalista Heloísa Tolipan, nesta quarta-feira (3), ela admitiu que, muitas vezes, os atores não tinham o roteiro de antemão.
Suelen Gervásio exalta Vitão após cantor defendê-la dos haters: “Te amamos”
“Nós tivemos muitas dificuldades, sim, para gravar por conta de uma série de problemas internos. A nossa dedicação teve que ser integral. Nunca sabíamos o que fazer dali a dois dias. Nunca vi um roteiro de uma semana toda, com toda razão, inclusive, já que a produção não conseguiria contornar os problemas. Enfim, foi difícil. Mas eu acho que, de repente, as coisas começaram a mudar, o público começou a encarar de outra forma e me parece que toda essa onda [de rejeição] diminuiu muito. A novela começou difícil, mas agora está bem”, declarou ela, acreditando que Glória Perez conseguiu dar a volta por cima dos problemas.
Para a artista, o feedback do público foi importante para essa melhora: “Conversávamos entre nós, especialmente dentro do nosso núcleo, de que estávamos ali pra fazer um trabalho e nós faríamos esse trabalho dignamente, respeitosamente, até o final da novela”.
Ana Lúcia pondera o lado ruim da internet
Como a novela ‘Travessia’ aborda assuntos como fake news, deepweeb, e os males da internet, Ana Lúcia também explicita os pontos positivos e negativos, para ela, desse mundo virtual. “A internet nos ajuda de uma forma como nunca antes pensada, é possível ter amigos dentro da sua cidade, do seu estado, do seu país e mundo afora com os quais você pode falar em um segundo. Isso eu acho maravilhoso, fantástico. Bem como poder realizar trabalhos e diversificar conhecimento”, começou ela.
Sobre os lados negativos, a estrela de 78 anos de idade informa: “Por outro lado, ela criou uma rede de falsas informações extremamente perigosas, e este é outro assunto que a nossa novela está tratando. Há pessoas que têm milhões de seguidores e uma palavra desses pessoas influenciadoras basta para arrebanhar multidões. Acho que nós temos que ter um processo de controle muito forte disso. Muito forte. E e eu não vou dizer que são só os adolescentes que são viciados em tecnologia não”.
“Quando se vai a um restaurante, notamos casais que sentam à mesa, fazem o pedido utilizando o QR-Code, cada um pede o seu prato e até que a comida chegue cada um fica falando através do seu celular. Não há interação entre as pessoas, olho no olho… Isso é uma coisa que me deixa profundamente triste”, finalizou ela.
Veja também: Murilo Huff fala sobre fim de romance com Nicole Melo: “Fomos felizes”