Números divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) neste sábado (06) mostram que o índice de queimadas registradas no Amazonas em 2021 é o terceiro maior da história do relatório feito pelo órgão.
Em nota, o Inpe revelou que o índice começou a ser registrado em 1998. Neste ano, de janeiro até o começo deste mês de novembro, foram mais de 14 mil focos de incêndio registrados pelo órgão no estado.
Os números relatados só não são piores do que os registrados durante todos os anos de 2005, com 15.644 focos e 2020, com 16.729. No mês passado, segundo o Inpe, foram 1.773 focos registrados, um número alto para o período.
“A última vez que o mês de outubro havia tido números tão altos foi em 2016, quando foram registrados 1.913 focos”, detalhou o órgão, que ainda explicou que outubro é o terceiro mês com maior número de queimadas. Na frente do mês em questão estão agosto e setembro, com 8.588 e 2.799 focos de queimadas registradas no Amazonas, respectivamente.
Queimadas em agosto se tornaram recorrentes
Assim como relatado, agosto foi o mês com mais focos de queimadas. De acordo com o Inpe, tal fato tem acontecido com frequência e a prova disso é que o mês foi o recordista de focos de incêndio pelo terceiro ano consecutivo, tendo 2021 batido o recorde histórico.
Neste ano, foram 8.588, enquanto no ano passado 8.030 e em 2019, 6.668, afirmou o Inpe, que explica que essa coincidência nada boa acontece porque é em julho, mês anterior, que as queimadas no Amazonas ganham força, fazendo com que agosto represente o pico destes registros.
Por fim, o instituto ainda ressalta que os focos são criminosos, pois, segundo o instituto, “o fogo na região não tem como começar sozinho”. “São todos atos ilícitos ou de novos desmatamentos ou de queima de áreas já desmatadas no passado, ou de renovação de pastagens, às vezes acidentes, entre outras razões”, relata.
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