A África do Sul decidiu suspender a vacina de AstraZeneza e Oxford. O ministro da Saúde do país, Zweli Mkhize, anunciou, neste último domingo (7), que irá suspender o uso do imunizante. De acordo com um estudo clínico, a vacina não demonstrou a eficácia necessária para conter quadros leves ou moderados da variante da Covid-19, 501Y.V2. O anúncio pode abalar a expectativa de imunização.
Ainda, de acordo com a pesquisa obtida no jornal Financial Times, a vacina não protege contra a nova variante sul-africana. No estudo não houve mortes, porém, comprovou a ineficácia na maioria dos jovens saudáveis.
Ineficácia com duas doses na África do Sul
“Um regime de duas doses da vacina não mostrou proteção contra a Covid-19 leve ou moderada devido à variante sul-africana”, diz um trecho do estudo, que ainda será divulgado. Em fase de testes finais, a pesquisa mostrará ainda se a taxa de eficácia para proteger casos graves da enfermidade, com hospitalizações e mortes, também foi diminuída.
O país usará vacinas da Pfizer, Janssen e Johnson & Johnson
O governo da África do Sul pretendia distribuir a vacina da AstraZeneca aos profissionais de saúde em breve. Além disso, no último dia 1º, um milhão de doses produzidas pelo Instituto Serum, da Índia, chegaram ao país. Contudo, Mkhize afirmou que usará antígenos desenvolvidos pelas farmacêuticas Janssen, do grupo Johnson & Johnson, e Pfizer nas próximas semanas, enquanto os cientistas consideram como utilizar as vacinas desenvolvidas pela AstraZeneca e Universidade de Oxford.