O Brasil vive o seu pior momento na pandemia desde quando o primeiro caso de Covid-19 foi registrado no Brasil. Quem diz isso é a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que divulgou, nesta quinta-feira (11), em seu boletim quinzenal, que a avaliação é decorrente da piora dos indicadores sobre a Covid-19 no país.
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De acordo com a entidade, o fato acontece porque o país está com uma alta taxa de ocupação de leitos e tendência de alta nos casos de síndromes respiratórias. Além disso, a fundação afirma que o Brasil tem aumentado, a cada dia, a participação no número total de mortes causadas pela doença no mundo.
“Um ano após a pandemia ser oficialmente reconhecida, o país registrou 10,3% das mortes do mundo por Covid-19, sendo que tem apenas 3% da população do planeta”, revelou no boletim a entidade. Em outro trecho, a Fiocruz diz que o Brasil se encontra entre os países com piores indicadores, totalizando 11.122.429 casos e 268.370 óbitos.
“Os recordes de novos casos e óbitos vêm sendo superados diariamente, acompanhados por uma situação de colapso dos sistemas de saúde em grande parte dos estados e municípios”, diz a Fiocruz no boletim.
Leitos de UTIs lotados
No boletim, a Fiocruz também chamou a atenção para a lotação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) durante a pandemia de Covid-19. De acordo com a entidade, 20 unidades da federação estão classificadas na “zona de alerta crítico” e 13 unidades têm 90% de ocupação. Estados com mais de 90% de lotação de UTIs:
- Rondônia
- Acre
- Tocantins
- Ceará
- Rio Grande do Norte
- Pernambuco
- Paraná
- Santa Catarina
- Rio Grande do Sul
- Mato Grosso do Sul
- Mato Grosso
- Goiás
- Distrito Federal
Em nota, a entidade explicou que as taxas de ocupação são classificadas em zona de alerta crítico (vermelho) quando iguais ou superiores a 80%, em zona de alerta intermediário (amarelo) quando iguais ou superiores a 60% e inferiores a 80%, e fora de zona de alerta (verde) quando inferiores a 60%.
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