O remake de ‘Elas por Elas’ chegará com uma conquista inédita! A atriz Maria Clara Spinelli, uma mulher trans, será uma das sete protagonistas da trama. Segundo a colunista Patrícia Kogut, nesta quarta-feira (17), Deborah Secco e Thalita Carauta também já estão confirmadas.
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Maria Clara viverá Renê que, depois de uma passagem de 25 anos, se transforma em Reneé e explicará, no ar: “Eu não virei mulher, eu nasci mulher”. No folhetim original, o papel de Renê era interpretado por Reginaldo Faria e ele era uma espécie de coadjuvante.
O remake, que ainda não tem nome definido, se passará todo no Rio de Janeiro, diferente do original, além de se focar nos romances das sete amigas, entre as idades de 40 a 50 anos. A trama será adaptada, inclusive, para a faixa das 18h da TV Globo, que deve substituir ‘Amor Perfeito’ no segundo semestre deste ano.
A atriz Maria Clara Spinelli já atuou em novelas como ‘Salve Jorge’, ‘A Força do Querer’ e ‘Carcereiros’.
🚨TV: A atriz Maria Clara Spinelli fará a primeira protagonista transexual das novelas.
No remake de “Elas por Elas”, Maria viverá Renê, que, 25 anos depois, se transforma em Renée. pic.twitter.com/LJYabYHR5W
— CHOQUEI (@choquei) May 17, 2023
Em 2020, ela já havia reclamado de ser convidada apenas para papeis trans
Maria Clara Spinelli, que esteve no ar na reprise de A Força do Querer, novela da TV Globo, abriu o jogo sobre a realidade de ser uma atriz trans. Em uma live com a atriz Suzana Pires, em novembro de 2020, Maria desabafou sobre a falta de papeis para ela.
Aos 45 anos de idade, aliás, a atriz contou que apenas recebe convites de papeis trans e isso a deixa bastante chateada: “O que me dói não é a falta de trabalho, de dinheiro, de reconhecimento, que isso todas nós passamos e vamos passar sempre. É a falta de olharem para mim e verem uma atriz, uma mulher, um ser humano, a Maria Clara. E não pegarem tudo isso, jogar lá fora e colocar o rótulo trans”.
“Pessoas que nunca me chamaram para outros personagens e só me convidam para personagens transgêneros, é uma grande hipocrisia de inclusão. Fico magoada. Me sinto muito mal de colegas que trabalharam comigo por seis meses, que sabem como eu sou como profissional. Se nem essas pessoas conseguem olhar para mim e me veem além daquele estigma que me colocam, eu estou perdida, porque as pessoas que nunca trabalharam comigo não vão ver”, finalizou ela, que já sofreu bullying por ser uma pessoa trans.
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