A situação do mercado de trabalho no Brasil já não está boa e a tendência é ficar ainda pior. Prova disso é o anúncio da Panasonic, que revelou que irá encerrar a produção de televisores e áudio residencial no Brasil. O negócio suporta 5% do total de colaboradores da companhia, isto é, 130 pessoas – elas serão demitidas até dezembro.
A informação foi revelada pela empresa em nota, nesta quarta-feira (11), e diz respeito à fábrica de Manaus, no Amazonas. De acordo com a Panasonic, a decisão leva em conta a ruim situação econômica do país.
A empresa segue o exemplo de outras fábricas como a da Sony, da LG e a da Canon, que funcionavam na Zona Franca de Manaus e recentemente anunciaram o encerramento das atividades referentes a televisores, celulares e produtos afins.
No comunicado, a Panasonic ressaltou que, apesar do encerramento da fábrica, vai continuar investindo em novas linhas e produtos. Nesse sentido, a companhia explica que a unidade de Manaus manterá a produção de outros produtos como micro-ondas, itens automotivos e componentes eletrônicos.
Hoje, além de Manaus, a empresa conta com outras duas fábricas no Brasil: a de Extrema, em Minas Gerais, responsável pela fabricação de geladeiras e máquinas de lavar roupa, e a de São José dos Campos, em São Paulo, dedicada à criação de pilhas.
Por fim, a Panasonic ainda afirma que o encerramento da produção de televisores “segue uma estratégia global, com foco na sustentabilidade do negócio e criará uma oportunidade para outras frentes”.
Além da Panasonic
Além da empresa, outras companhias fecharam suas fábricas especializadas em televisores e produtos do gênero na Zona Franca de Manaus neste e no ano passado. Em 2020, a Sony encerrou suas atividades na região após 36 anos operando no local. Com a decisão, 220 funcionários foram dispensados.
Já em 2021, a LG, em abril, e também a Canon, em junho, anunciaram o encerramento das operações. De acordo com a segunda empresa, a decisão acabou afetando as vendas e assistência técnica aos clientes – 43 empregos foram encerrados. A LG não informou quantos colaboradores foram demitidos e nem os impactos que a decisão causou.
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