O Ministério da Justiça revelou nesta sexta-feira (25) que vai criar uma força tarefa que terá como objetivo coibir o desmatamento ilegal na Amazônia. Batizada de Guardiões do Bioma, a operação será feita nos seguintes estados: Amazonas, Pará e Rondônia.
Em nota, a pasta relatou que o governo federal deve investir R$ 170 milhões nesses trabalhos, que reunirão, ao todo, cerca de 1,2 mil servidores. Além disso, o ministério também informou que as bases da operação vão receber profissionais das forças federais, estaduais e dos órgãos de fiscalização ambiental.
Tudo isso, informou o Ministério da Justiça, é para intensificar as ações que visam identificar e punir os responsáveis pelos crimes ambientais. “Participarão da coordenação da Força-tarefa o Ministério da Justiça, o Ministério do Meio Ambiente, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, Ibama e Icmbio”, informou.
Em 2021, o mesmo ministério criou uma ação que teve como objetivo combater os incêndios florestais na Amazônia. Em cinco meses de operação, foram 17 mil focos de incêndio combatidos e 1,5 mil multas distribuídas.
Outra força-tarefa
Na quinta (24), a Advocacia-Geral da União (AGU) afirmou que sua força-tarefa na Amazônia foi prorrogada por mais um ano. Instituída em 2019, a ação foi criada, segundo o órgão, para atuar em demandas judiciais que tenham por objeto a defesa de políticas públicas ambientais prioritárias da União e de entidades do que cuidam do meio ambiente.
Somente no ano passado, a força-tarefa conseguiu ajuizar mais de R$ 3 bilhões em cobranças judiciais contra infratores ambientais. Segundo o órgão, somente de um desses infratores, a entidade conseguiu bloquear R$ 5,2 milhões pelo desmatamento de 228,3 hectares de floresta. Não suficiente, o órgão também conseguiu que a Justiça decretasse a suspensão de incentivos e benefícios fiscais e de acesso a linhas de crédito para esse e outros infratores.
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