A Justiça de São Paulo concedeu prisão domiciliar para a empresária Anne Cipriano Frigo, de 46 anos, suspeita de ter mandado matar seu namorado em junho deste ano. A decisão, que foi revelada nesta terça-feira (23), aconteceu após um pedido da defesa da acusada. Isso porque, no começo deste mês, ela esteve internada no Hospital Albert Einstein. Por lá, ela passou por uma cirurgia de retirada de um tumor cerebral.
Segundo a defesa da mulher, por conta do câncer, ela precisará ir com frequência ao hospital para continuar o tratamento contra a doença. Com isso, a juíza Ana Carolina Munhoz de Almeida, da 3ª Vara do Júri, decidiu aceitar e concedeu para a acusada o direito ao benefício da prisão domiciliar.
Apesar de “livre”, a mulher somente se ausentará com autorização judicial. Além disso, a magistrada afirmou que a suspeita terá “o compromisso de informar seu endereço ao Juízo, mantendo-o atualizado, lembrando sempre que alguma eventual desobediência importará na revogação do benefício”.
Empresária terá 1ª audiência em 2022
Na decisão que concedeu a prisão domiciliar para a acusada, a magistrada também marcou a primeira audiência de instrução do caso. O ato acontecerá no começo de fevereiro de 2022.
Na ocasião, serão ouvidas as testemunhas e interrogado o acusado pelo assassinato do segurança Vitor Lúcio Jacinto, de 40 anos, o corretor de imóveis Carlos Alex Ribeiro de Souza, de 28 anos.
Depois da audiência, a juíza decidirá se existem indícios suficientes para que seja marcada uma data para o julgamento. Caso haja, sete jurados decidirão o futuro dos réus, que podem pegar mais de 30 anos de prisão.
Conforme apurou o Ministério Público (MP), Anne pagou R$ 200 mil para que Carlos, que era amigo do casal, matasse Vitor, pois ela acreditava que estava sendo traída pelo até então namorado. O corpo do segurança foi encontrado em junho, parcialmente queimado, próximo à represa Guarapiranga, na Zona Sul de São Paulo.
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