A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou na terça-feira (25) os dados mais recentes do seu levantamento sobre o comércio brasileiro. A saber, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) subiu 1,4% em janeiro deste ano, na comparação com o mês anterior.
O avanço é o segundo consecutivo e sucede três meses de queda do Icec. Aliás, com o acréscimo do resultado, o indicador subiu para 121,1 pontos, maior patamar desde março de 2020 (128,4 pontos). Aa confiança dos comerciantes segue na zona de satisfação, acima dos 100 pontos, pela sétimo mês seguido.
Em resumo, o Icec sofreu fortes perdas devido à pandemia da Covid-19. A propósito, o indicador atingiu a mínima histórica em junho de 2020 (66,7 pontos), quando despencou 28,6% em relação a maio. No entanto, se recuperou em 2021 e fechou o ano com alta de 10%.
De acordo com o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o avanço da vacinação contra a Covid-19 vem permitindo gradativamente a volta à normalidade. Assim, a confiança segue em alta no país.
“Mesmo com a propagação da variante Ômicron, a vacina tem garantido um impacto menor da covid-19 na população, com sintomas mais leves e redução da taxa de mortalidade. Esse sentimento de segurança vem contribuindo para que os empresários já enxerguem uma pequena melhora nas condições econômicas, no curto prazo”, disse Tadros.
Todos os principais subíndices avançam em janeiro
Segundo a CNC, a maioria dos componentes do Icec avançou em janeiro. A saber, o destaque ficou com o subíndice intenções de investimento, que subiu 1,8% no mês, para 110,6 pontos, maior nível desde janeiro de 2014 (114,6 pontos). Em relação a janeiro de 2021, o subíndice saltou 16,5%.
Por sua vez, a maior pontuação registrada entre os componentes do Icec foi do item expectativas do empresário do comércio. Em suma, o subíndice subiu 1,5% na comparação mensal, para 152,7 pontos. Já na base anual, o avanço foi de 7,5%.
Por fim, a pesquisa da CNC revelou que os empresários estão mais otimistas em relação à geração de empregos. Aliás, 68,9% dos empresários afirmaram que pretendem aumentar sua contratação, o que indica que a recuperação do mercado de trabalho deve seguir firme.
“É importante observar em qual categoria a empresa está inserida, pois cada uma é impactada de forma diferente pelos movimentos econômicos. Mas é possível observar que a maior parte dos empresários está mais confiante com relação à economia e especificamente sobre os desdobramentos em seu próprio negócio”, disse a economista da CNC responsável pelo estudo, Catarina Carneiro da Silva.
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