Agripino Magalhães, ativista LGBTQIA+, que denunciou Neymar Jr pelo crime de homofobia contra o ex-padastro, Thiago Ramos, diz ter recebido ameaças e suborno da equipe do craque para retirar a queixa. A informação é do site Notícias da TV nesta última quinta-feira (11).
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O ativista prestou depoimento na 15º DP de São Paulo, localizado no bairro Itaim Bibi, em São Paulo, na última quarta-feira (10) e afirmou que recebeu ameaças de morte, ódios nas redes sociais e até proposta de suborno de R$350 mil para desistir do caso contra Neymar.
Agripino diz que recebeu ligações de um homem que se identificou como Laranjo e pediu que ele desistisse do caso com o Ministério Público, pois “era pessoa influente e conhecido da promotora de Justiça da cidade de Tupã.”
Ainda em seu depoimento, o suplente de deputado pelo PSB, revela que precisou mudar de endereço por conta das ameaças e chegou a ter seu celular roubado. Procurada, a assessoria de Neymar não se pronunciou sobre a situação.
A polícia acatou a denúncia de Agripino e já investiga a acusação.
Entenda a situação
Agripino Magalhães entrou com um processo contra Neymar através do Ministério Público de São Paulo em junho do ano passado. Segundo o ativista, o atleta teria cometido homofobia ao se referir ao ex-padastro, Thiago Ramos, como “viadinho”.
Após briga com Nadine Gonçalves, mãe do jogador, em junho de 2020, Thiago foi levado às pressas para o Hospital. Na ocasião, Neymar conversou com seus “parças” no Twitch e ao relatar a briga, se referiu ao modelo como “viadinho” e “aquele que dá o cu do caralho”.
Na conversa, um dos supostos amigos de Neymar, propôs fazer justiça com as próprias mãos e afirmou: “Vamos matar, enfiar um cabo de vassoura no cu”.
Agripino pediu a prisão preventiva do jogador, bem como apreensão de seu passaporte e uma indenização de R$2 milhões, que seria doada ao público LGBTQIA+. Na ocasião, o pedido foi arquivado, mas com ameaças de morte a Polícia passou a investigar a acusação neste ano.
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